sexta-feira, 12 de março de 2010

CORAÇÃO OBSCURO

Evan Bessa

A noite, o pavor me assalta
Fantasmas espremem minha dor
E mistérios reaparecem em flashs.
No escuro, trituro o dissabor.

Uma luz adentra o quarto da minh’alma
Mas não chega ao coração obscuro
Há em mim uma escuridão profunda
Que permeia meus tecidos duros.

Meus sonhos são mosaicos partidos
Trincados, em cacos, resistentes
Em minha volta só há melancolia
O sofrimento me deixa impertinente.

Ao raiar o dia estou angustiada
No íntimo não há luz, só sombra.
O sol aquece o corpo doído, inerte
E a dor insiste, resiste e assombra.

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