segunda-feira, 4 de junho de 2012

BELO DOCUMENTÁRIO

Nada é mais relaxante do que escolher um bom filme para assistir nas horas vagas. É o tipo do lazer que lhe deixa leve, principalmente quando você seleciona uma boa película.
O documentário “O Retrato de Woody Allen” produzido pela cineasta americana Barbara Kopple, na década de 90 foi a opção dessa tarde. A diretora, no decorrer do filme, revela seu olhar cuidadoso sobre o artista, mostrando também facetas de sua vida privada o que leva o expectador a ficar atento a detalhes, os quais deixam transparecer nas entrelinhas durante toda a filmagem.
O tema principal de que trata o referido documentário é sobre uma turnê realizada, em dezoito cidades européias ao longo de vinte e três dias, pela banda em que Woody Allen atua. Quem já leu sobre Allen ou acompanha sua obra cinematográfica sabe que ele é aficionado por jazz. Seu hobby desde a adolescência era tocar no seu clarinete o jazz primitivo, gerado em Nova Orleans. É a partir dessa excursão que o músico mostra sua versatilidade com extrema competência, junto com a banda às mais variadas plateias: Espanha, Roma, Suíça, Londres, Veneza, Milão, Florença, dentre outras.
A turnê consegue reunir grande público que se delicia e aplaude o artista transformando-o em verdadeiro ídolo. Jornalistas, fotógrafos, autoridades e pessoas comuns ficam o tempo todo, atrás do músico o que o deixa um pouco confuso, sem entender porque tanto assédio.
A película consegue captar também, momentos mais íntimos de Allen e sua mulher, a coreana Soon Yi Previn que o acompanha em todas as apresentações. Bárbara entra com sua câmara nos apartamentos dos vários hotéis onde os dois se hospedam e focaliza cenas do cotidiano do casal: servindo-se no café da manhã, juntando roupas usadas para lavanderia, orientando os assessores, enfim tarefas rotineiras. Mostra, ainda, cenas hilariantes em que se percebem os questionamentos, temperamento e atitudes do cineasta de uma maneira bem natural. Wood Allen se mostra por inteiro, demonstrando sua claustrofobia, seus anseios, sem artificialismos.
A banda de Woody Allen mantém apresentações regulares em Nova Iorque. É uma forma que o artista encontra para se divertir fazendo o que gosta, ao mesmo tempo, que alivia o estresse do seu trabalho árduo de produzir um cinema para agradar as mais exigentes plateias.