segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

NATAL Evan Bessa Já é Natal/ Jesus nasceu/ Na manjedoura/ Trazendo a paz./ Tão pobrezinho/ O Deus Menino/ Veio salvar a Humanidade/ E espalhar amor e liberdade. /

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

ESPÍRITO NATALINO Evan Bessa O ano de 2013 parece ter participado de uma corrida ou uma maratona qualquer. Dezembro chegou rápido. No calendário litúrgico estamos em pleno Advento. Tempo de espera. Tempo de reflexão e renovação. O Deus Menino está chegando, renascendo outra vez para a humanidade. O Espírito do Natal nos leva a perceber um clima diferente, convidando-nos ao silêncio, a uma parada na dinâmica do nosso cotidiano para refletir um pouco sobre a vida. Procuramos resgatar os momentos vividos durante o período que vai findando, e passamos a repensar o novo ano que se aproxima. Partimos para avaliar como agimos e que ações e realizações foram empreendidas, o que nos acrescentaram como pessoa humana, ou se quase nada mudou na nossa trajetória. Tudo se modifica e ganha novas perspectivas. A Esperança, a Paz e o Amor reinam nos corações dos homens. Época em que a sensibilidade aflora com mais facilidade. Ficamos vulneráveis frente ao sofrimento, à dor e à tristeza. A visão acerca do mundo e suas mazelas ficam evidentes como feridas expostas que sangram e passamos a pensar na responsabilidade social que temos como pessoa, cidadão. Por que isso acontece? Fico me questionando o tempo todo sobre essas mudanças de atitudes que ocorrem... As ruas e praças ficam coloridas, iluminadas, com árvores gigantes e símbolos alusivos à data. Em cada casa a decoração é trocada por enfeites, presépios, guirlandas, anjos, sinos, enfim tudo que remete ao espírito natalino. As igrejas montam belíssimos presépios e se preparam para a missa do Natal. Fiéis passam a frequentar os templos com mais freqüência no intuito de fazer adoração, confessar e se preparar para o nascimento de Jesus. A festa chega ao ápice no dia 25 de dezembro. Na noite que antecede o Natal, as famílias se reúnem para festejar o nascimento de Jesus Menino, com preces e reflexões sobre o fato que marcou a humanidade para sempre. Por outro lado, se confraternizam ao redor de uma mesa farta trocam presentes, lembrando o gesto dos Reis Magos, quando visitaram Jesus, seguindo a estrela que os guiou até a manjedoura, para adorar o pequeno menino. A festa termina com músicas e canções natalinas, abraços e desejos de Feliz Natal! As famílias em clima de paz e harmonia reverenciam e participam da maior festa da cristandade.
ESPÍRITO NATALINO Evan Bessa O ano de 2013 parece ter participado de uma corrida ou uma maratona qualquer. Dezembro chegou rápido. No calendário litúrgico estamos em pleno Advento. Tempo de espera. Tempo de reflexão e renovação. O Deus Menino está chegando, renascendo outra vez para a humanidade. O Espírito do Natal nos leva a perceber um clima diferente, convidando-nos ao silêncio, a uma parada na dinâmica do nosso cotidiano para refletir um pouco sobre a vida. Procuramos resgatar os momentos vividos durante o período que vai findando, e passamos a repensar o novo ano que se aproxima. Partimos para avaliar como agimos e que ações e realizações foram empreendidas, o que nos acrescentaram como pessoa humana, ou se quase nada mudou na nossa trajetória. Tudo se modifica e ganha novas perspectivas. A Esperança, a Paz e o Amor reinam nos corações dos homens. Época em que a sensibilidade aflora com mais facilidade. Ficamos vulneráveis frente ao sofrimento, à dor e à tristeza. A visão acerca do mundo e suas mazelas ficam evidentes como feridas expostas que sangram e passamos a pensar na responsabilidade social que temos como pessoa, cidadão. Por que isso acontece? Fico me questionando o tempo todo sobre essas mudanças de atitudes que ocorrem... As ruas e praças ficam coloridas, iluminadas, com árvores gigantes e símbolos alusivos à data. Em cada casa a decoração é trocada por enfeites, presépios, guirlandas, anjos, sinos, enfim tudo que remete ao espírito natalino. As igrejas montam belíssimos presépios e se preparam para a missa do Natal. Fiéis passam a frequentar os templos com mais freqüência no intuito de fazer adoração, confessar e se preparar para o nascimento de Jesus. A festa chega ao ápice no dia 25 de dezembro. Na noite que antecede o Natal, as famílias se reúnem para festejar o nascimento de Jesus Menino, com preces e reflexões sobre o fato que marcou a humanidade para sempre. Por outro lado, se confraternizam ao redor de uma mesa farta trocam presentes, lembrando o gesto dos Reis Magos, quando visitaram Jesus, seguindo a estrela que os guiou até a manjedoura, para adorar o pequeno menino. A festa termina com músicas e canções natalinas, abraços e desejos de Feliz Natal! As famílias em clima de paz e harmonia reverenciam e participam da maior festa da cristandade.

ESPÍRITO NATALINO

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

DUALISMOS EXISTENCIAIS Amanhã é o dia de se resgatar lembranças de pessoas que nos são caras, mas que já se encontram no plano celestial. Para quem tem fé, a morte não é o fim de tudo, porque é nesse momento que se renasce para a vida eterna. Para a Igreja Católica, a Morte é a verdadeira Páscoa, ou seja; a passagem, o renascimento de um ser para se refazer na grandeza da Casa do Pai. Só quem já sentiu a perda e ausência de um ente querido é capaz de aquilatar a dor da partida e o sofrimento que se arrastam por um período elástico e, que somente com o tempo, vai aliviando, minimizando a angústia que se apodera dos que ficaram após a última cena de uma vida. Não adianta tentar falar algo com o objetivo de suavizar o padecimento e a amargura existentes. Naquela hora o fato é concreto, verdadeiro, não se tem a capacidade de racionalizar, visto a emoção se apoderar de cada ser humano que passou por essa “tragédia”. São Francisco entendia a morte como irmã, companheira, a qual chegava num instante decisivo para se alcançar a plenitude junto ao Criador. Considerava sublime a idéia de morrer. Nascer, viver e morrer se constituem um processo evolutivo que se desenrola com o passar do tempo, para o qual tem que se aprender e maturar, a fim de um dia aceitar os ditames da natureza. Cada indivíduo tem o tempo certo para fazer a viagem de retorno. Ninguém imagina o dia e a hora que Deus o chamará a SUA presença. O dualismo que se observa entre vida-morte, corpo e alma, matéria-espírito são questões inacessíveis ao entendimento da maioria das criaturas. Apela-se para a religião, filosofia, psicologia e tantos outros ensinamentos e, finalmente, chega-se à conclusão de que tudo isso é, na realidade, Mistério Divino. A transcendência é um atributo que só os privilegiados poderão alcançar, visto ser alguma coisa além do possível, que leva nossa inteligência a pensar e refletir acerca do tema e encontrar respostas para satisfazer o nosso raciocínio. Nessa data em que se relembram os mortos, sinto-me incapaz de entender claramente o mistério, para aceitar a morte como passagem natural e definitiva. Apesar de ser católica, não entendo, ainda, o “gran finale,” quando as cortinas se fecham definitivamente no palco da vida. Os que já partiram da minha família continuam vivos na memória e no coração e essa saudade, permanecerá até o dia em que eu deixar de existir. Evan Bessa

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Crise no Brasil

CRISE NO BRASIL Estamos vivenciando no Brasil um momento de crise. Há muito a população andava calma, aceitando os ditames do governo sem reagir. De uma hora para outra, as ruas foram tomadas pelo povo demonstrando a insatisfação com o executivo e o legislativo, especialmente. Não, que não haja controvérsias e discrepância também no judiciário, mas nesse instante, o que veio à tona foram, particularmente, os escândalos e as excrescências que ocorrem diariamente naqueles poderes. O país está acompanhando atento e esperando uma reação positiva do governo, no sentido de atender às reivindicações que foram expostas através de cartazes, faixas, gritos, canções ou de forma verbal para conter a raiva e o descontentamento. As principais capitais do país iniciaram o evento e, aos poucos, houve ressonância que se espalhou pelo Brasil a fora. Uma onda tomou conta dos recantos mais longínquos dessa Terra de Santa Cruz. A sociedade se viu obrigada a participar de um movimento legítimo com vistas a promover mudanças substantivas na política. A esperança é que o povo possa ajudar a redirecionar determinadas questões prioritárias, as quais são fundamentais para o equilíbrio dos ânimos acirrados. Já não se suporta mais o pagamento de impostos exorbitantes, o sucateamento dos serviços públicos, a falta de seriedade com as políticas públicas que incluem educação, segurança, saneamento básico, transporte, habitação, enfim, bens e serviços de qualidade retornando ao povo, a fim de justificar o ônus que o cidadão vem sofrendo diariamente, com o retorno da inflação e pagamento de impostos elevados nos produtos adquiridos. Sem falar da corrupção que anda solta por aí, como o mensalão e outras trapalhadas dos políticos, que não representam mais a maioria dos eleitores. Isso tudo sem falar nos juros, no aumento do dólar, na queda do PIB e da balança comercial, que fazem parte do conjunto que definem como anda a economia atualmente. Todos os aspectos levantados se conjugam num balizamento que dá a real situação que o país está atravessando. A Copa das Confederações serviu como pano de fundo para estampar nos jornais e TVs do mundo inteiro os últimos acontecimentos que ora estamos passando. Os estádios foram edificados no padrão FIFA, de maneira rápida e apresentando-se nos moldes dos já existentes no primeiro mundo. Os recursos não faltaram para as obras faraônicas, que ainda se questiona qual o retorno que elas trarão ao país pós a Copa das Confederações e, em seguida, Copa do Mundo. O povo protesta e não aceita os desperdícios, enquanto as escolas e hospitais de todo território nacional se encontram em péssimas condições e ficam em segundo plano; ou melhor, não há interesse de modificar a precariedade dos sistemas públicos. Tivemos movimentos em 1968, depois de algum tempo, o das Diretas Já, o impeachment do Collor, enfim lutas que saíram vitoriosas pela participação da população brasileira. Acredito que dessa vez não será diferente. Há de se chegar a um consenso governo e povo a fim de que o país possa avançar.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

SINGULARIDADE DE AFETO Hoje, 22 de abril, à tardinha, fui à missa na Igreja de N. Sra. da Paz. Havia um motivo relevante para eu deixar os afazeres diários e ir até à igreja para rezar. Fazia ano da morte de meu pai. O tempo passou rápido demais e quase não acredito que já se foram vinte e quatro anos que ele nos deixou definitivamente. Desde cedo ele ocupou meus pensamentos e a memória processava fatos e acontecimentos dos tempos idos. Não havia forma de esquecer momentos, passagens de uma vida que vivenciamos em família. Sua imagem reacendia na minha cabeça tão nítida como flashes desgovernados explodindo em velocidade e clareando o ambiente. De repente relembro minha infância. Vejo-o atento a tudo que o rodeava. Preocupava-se com os filhos e nos acompanhava de perto. Tinha firmeza nas atitudes e nas palavras. A obediência e a disciplina eram ferramentas imprescindíveis na educação que nos dava. Muitas vezes, receio voltar a andar na roda gigante do meu passado. Apesar de boas lembranças a cada volta subo as alturas e desço derrapando na saudade. Essa companheira que não sai de perto de mim e coça minhas entranhas, mexe com minhas emoções e vigia-me através do tempo para que ela permaneça sempre presente no meu viver. Os anos vão se esvaindo, desfazendo-se em pedaços rotos, mas não impede de que fios se fixem em algum lugar do passado e costurem novamente estórias, resgatem movimentos e sensações de outrora. Na verdade como disse Kalil Gibran: “Cada um passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.” Em se tratando de um ente querido ligado por laços sanguíneos, isso se torna ainda maior em termos de singularidade. Concordo plenamente com o pensamento do autor citado. Um pai ou uma mãe são insubstituíveis. Ninguém pode ocupar esse espaço, essa lacuna em termos de amor, afeto, ternura na vida de um filho. Acho que é por essas e outras que fico presa às lembranças no dia que se registra sua morte física, porque, na realidade, ele está mais vivo do que nunca dentro de mim. Creio que só perdendo a lucidez possa afastar de mim uma recordação doce e amarga ao mesmo tempo, deliciosa e cruel, morta e viva, que se constituem verdadeira contradição na minha essência como ser pensante.

terça-feira, 16 de abril de 2013

QUARESMA TEMPO DE REFLEXÃO Quaresma, tempo de oração e reflexão. Nessa ocasião, nos colocamos diante Daquele que morreu crucificado por nós e, em silêncio, pedimos perdão por nossa pequenez e nossas fraquezas humanas, as quais só demonstram, efetivamente, que somos seres humanos cheios de defeitos, embora com algumas virtudes. Essa humanidade que exercitamos diariamente necessita que sempre estejamos atentos a nossa postura de cristão. Com atitudes, gestos e ações, frente aos desafios que nos apresentam são respostas indispensáveis para que tenhamos a certeza da nossa fragilidade como homem e que precisamos sempre tentar renascer para nos tornarmos melhores. Observamos há pouco a consagração do Bispo de Roma. Ele, que seria elevado a Sumo Pontífice, se colocou numa posição de simplicidade e doação. O Papa Francisco mostrou-se como servo: Aquele que está a serviço da Igreja, do povo, despido de vaidades, de julgamentos, intenções e autoritarismos. Sua humildade e desprendimento ao se curvar diante da multidão na Praça de São Pedro pedindo orações me comoveram. Pareceu-me um gesto de lucidez e inovação. Sem exageros nem pompas, nos deu um testemunho da vida modesta que levava anteriormente e que, agora, gostaria de continuar da mesma forma, num território onde a riqueza da Igreja Católica aparece ao seu redor e aos olhos de todos, acintosamente. A proximidade da Semana Santa deu uma dimensão maior aos gestos desse jesuíta que demonstrou alegria, ternura e firmeza de propósitos ao assumir o novo papado. E até nos permitimos fazer uma analogia com a caminhada de Cristo aqui na terra. É possível que tenhamos modificações mais pertinentes na Cúria Romana, no próprio Vaticano. É hora de reestruturar suas instituições em busca de um direcionamento mais condizente com a doutrina e princípios ensinados por Jesus. O papa Francisco tem energia suficiente para combater os males que avançam dentro da Igreja Católica e merecem outro desenho. Aproveitemos esse momento de oração e reflexão para, na solidão do nosso mundo interior, encontrar alternativas viáveis no sentido de entender que estamos de passagem no plano terreno e procurar semear o bem, o amor e a caridade nesse mundo de tantas contradições. E a exemplo de Francisco adotar a humildade, a simplicidade e a alegria, que ele absorveu em São Francisco de Assis, para permear os caminhos que estão a nossa frente. A cada ano, nessa época, fazemos uma parada para ouvir o nosso coração e tentar realimentar a fé e a esperança Naquele que deu testemunho em vida e procurar seguir Suas pegadas, semeando amor ao longo do caminho que ainda nos resta.

sexta-feira, 22 de março de 2013

A SECA NO SERTÃO Logo cedo ao abrir a porta para apanhar o jornal, olho para o céu e vejo um dia nublado, nuvens pesadas a anunciar que a chuva se aproxima. No entanto, as horas se sucedem e nada acontece. A temperatura sobe a níveis indesejáveis, ocasionando mal estar e certo desespero se você não está diante de um ventilador ou numa sala com ar condicionado. Há muito anos o calor não parecia tão intenso. Estamos atravessando uma quadra de seca no Ceará que não se imaginava. O sertão sem chuva, sem água, o mato cinzento porque o verde desapareceu faz tempo. O gado sem pasto, sem água nos rios e cacimbas, padece junto com o sertanejo. A drástica situação desfavorável no interior do estado vem deixando todos preocupados. Campanhas de solidariedade têm se intensificado no sentido de arrecadar alimentos e água para distribuir com as famílias que passam privações. Prefeitos que receberam as prefeituras saqueadas pouco podem fazer sem ajuda do governo federal ou estadual. A população interiorana vive num cenário aterrorizador, onde não há perspectivas de mudança do quadro nos próximos meses. No momento, a preocupação da maioria das autoridades se direciona mais para as obras que deverão estar prontas até a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, este ano e 2014, respectivamente. Observa-se que aparecem recursos para a construção de estádios suntuosos com uma arquitetura moderna saída das mãos de arquitetos famosos para receber os que nos visitarem nesses eventos, sejam brasileiros ou estrangeiros. Seguem-se, exatamente, as regras fixadas pela FIFA, a mais beneficiada com a Copa do Mundo no nosso país. O Nordeste enfrenta essa problemática de falta de chuvas há séculos. Cada governo promete minimizar ou acabar com o tormento, mas, na realidade, não passa de promessa e demagogia política. O que acontece é que o drama continua e o povo sofre as conseqüências sem que políticas alternativas venham ao encontro de soluções reais e palpáveis. Nossos representantes nem sempre têm compromisso de melhorar as condições dos estados e municípios a que estão vinculados. Esquecem que fizeram promessas que jamais serão cumpridas. A seca permanece apresentando-se como flagelo para o homem do campo. A dor do povo se mistura com o sofrimento vivenciado nesse período de estiagem e alguns morrem pelo meio do caminho, sonhando com dias promissores em outras paragens.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

AS RAPOSAS DO PODER O início de cada legislatura sempre nos causa surpresa, embora esperemos que a situação se modifique e as coisas tomem rumo certo. Na realidade, nada muda. Os erros, os arranjos, a politicagem continuam seguindo o ritmo da música: “deixa a vida me levar”, conforme diz o sambista. No nível federal permanece inalterado, trocam Sarney por Renan. O primeiro todos conhecem: passou por vários governos, da ditadura aos dias atuais, sempre do lado do poder. Assumiu os cargos mais elevados da nação e costurou todos os conchavos possíveis e impossíveis para continuar no mesmo patamar. O poder o atrai, o seduz, não admite deixá-lo para não perder as benesses. O estado de onde veio, a princípio, foi o Maranhão, o qual continua nas estatísticas como um dos mais miseráveis do nordeste. Riqueza, dinheiro, propriedades, jornais, TV, tudo pertence à família do senador. Por outro lado, o alagoano Renan Calheiros não fica atrás. Em matéria de desonestidade e descaramento, merece nota de louvor. Sua astúcia, sua falta de ética e o entendimento da função política passam longe do bom senso. Em outra posição, na Câmara, o presidente eleito, joga também no mesmo time, e mais do que ninguém, participa de todos os lances e dribles das agremiações políticas. E se você for atrás do compromisso dos que estão nos representando em Brasília, demais deputados e senadores, a decepção é a mesma, com raríssimas exceções. Interessante é que, nos estados e municípios, seguem os mesmos princípios e modelo adotado na federação, salvando-se um ou outro governador e prefeito. Nós, brasileiros, ficamos perplexos diante da bandalheira. Precisamos nos indignar e partir para uma luta no sentido de derrubar esses que envergonham o país. Retirá-los do poder como já fizemos na era Collor. Ir às ruas e convocar a população para tomar uma atitude mais drástica e separar o joio do trigo. Existem alguns políticos que têm consciência da sua missão no parlamento, no entanto, por medo ou covardia não se rebelam com as denúncias e agem apoiando os colegas malfeitores. Terminam se igualando aos demais. Os parlamentares julgados pela justiça continuam no parlamento, exercendo seus respectivos mandatos na maior cara de pau. É uma vergonha a falta de brio desses senhores. A corrupção anda solta, sem limites e a presidente não vê, não ouve, não fala. Ao contrário, participa dos conluios nos gabinetes com seus pares ou com o ex-presidente do seu partido. Como cidadã, me resguardo para não grafar o nome do tal ex, que enganou a maioria dos brasileiros. Nunca acreditei no papo furado, nas promessas, na verbosidade desse pernambucano, que se valeu da condição de sindicalista para enganar, vilipendiar a inteligência do seu povo. E nós, nação brasileira, viramos os palhaços que pagam as mordomias e os rombos dos mensalões da vida, dos desfalques nas empresas estatais e tantos outros absurdos que nem desconfiamos por serem feitos no calar da noite nos gabinetes, longe da mídia e dos jornalistas que ainda não se corromperam e continuam fiéis aos interesses do povo, denunciando as falcatruas que diariamente acontecem. Que o Senhor nos ilumine e tenha piedade de nós que caímos nessa jaula de leões, raposas e tigres selvagens.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

VIDAS CEIFADAS A vida nos surpreende a cada dia. Desde ontem a perplexidade tomou conta dos brasileiros de norte ao sul do país e atravessou fronteiras. Vários países estamparam nas primeiras páginas dos jornais a notícia apavorante. A tragédia ocorrida em Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul, na boate Kiss deixou todos sem chão. Um incêndio de grandes proporções tomou conta da boate em poucos minutos. Jovens universitários promoviam uma balada para custear a festa de formatura de vários cursos. O sonho de obter um diploma, de ocupar seu espaço no mercado de trabalho e realização profissional e pessoal escorreu como areia pelos dedos. Mais de mil pessoas se acotovelavam num espaço pequeno com jovens dançando, cantando, se divertindo e, de repente, por um ato involuntário de outro jovem, transforma-se toda aquela alegria em tristeza profunda. O incêndio que se alastrou em poucos minutos, dada a estrutura do prédio, não permitiu que saíssem do ambiente, uma vez que só havia uma porta para entrada e saída do recinto. Os gritos e pedidos de socorro não foram ouvidos de imediato. A segurança do prédio era precária. Alguns itens importantes não foram observados, não atendiam às normas mais simples, e assim sendo, foi impossível tomar atitudes rápidas para salvar vidas. Jovens entre 16 e 25 anos cheios de sonhos e esperanças foram ceifados da própria vida sem tempo para realizar seu ofício, sua verdadeira vocação. Famílias enlutadas choravam rios de lágrimas pelos filhos que partiram antes do tempo sem dizer adeus. Um golpe brutal, inesperado, invadiu os lares de Santa Maria e de outras cidades próximas. Os moradores da localidade estavam ainda tontos, sem acreditar que passavam por um “tsunami”, não com água, mas com fogo em labaredas, tomando proporções cada vez maiores. A fumaça preta invadiu todos os espaços e os estudantes morreram asfixiados, antes mesmo de aparecer socorro. Hoje, a comoção foi geral, enquanto as famílias dilacerados de dor enterravam seus filhos, parentes, amigos. A fisionomia de cada um estampava o sofrimento, a dor da perda irreparável. Mais de duzentos universitários e outros jovens foram enterrados, diante de milhares de conterrâneos. Cena incrível, deprimente. Enquanto alguns acompanhavam os velórios, outros tantos se encontravam nos hospitais acompanhando filhos, amigos e parentes feridos, que ainda estão lutando pela vida. Não pára de chegar ajuda de todos os lados, dos estados da federação, dos países vizinhos, dos voluntários, das redes de televisão e jornais nacionais e internacionais, enfim uma corrente de solidariedade se articulou para tentar minimizar tanto infortúnio. Um evento que se destinava a alegrar, divertir os participantes e arrecadar recursos para a formatura, se transformara numa imensa tragédia. Resta-nos, agora, esperar que o tempo se encarregue de amenizar a saudade dos que partiram tão cedo, deixando uma lacuna na vida de pais, parentes e amigos. Que Deus conceda força para as famílias superarem esse trágico acidente que só deixou tristeza e causou desespero e compaixão de todos os brasileiros.