domingo, 10 de fevereiro de 2013

AS RAPOSAS DO PODER O início de cada legislatura sempre nos causa surpresa, embora esperemos que a situação se modifique e as coisas tomem rumo certo. Na realidade, nada muda. Os erros, os arranjos, a politicagem continuam seguindo o ritmo da música: “deixa a vida me levar”, conforme diz o sambista. No nível federal permanece inalterado, trocam Sarney por Renan. O primeiro todos conhecem: passou por vários governos, da ditadura aos dias atuais, sempre do lado do poder. Assumiu os cargos mais elevados da nação e costurou todos os conchavos possíveis e impossíveis para continuar no mesmo patamar. O poder o atrai, o seduz, não admite deixá-lo para não perder as benesses. O estado de onde veio, a princípio, foi o Maranhão, o qual continua nas estatísticas como um dos mais miseráveis do nordeste. Riqueza, dinheiro, propriedades, jornais, TV, tudo pertence à família do senador. Por outro lado, o alagoano Renan Calheiros não fica atrás. Em matéria de desonestidade e descaramento, merece nota de louvor. Sua astúcia, sua falta de ética e o entendimento da função política passam longe do bom senso. Em outra posição, na Câmara, o presidente eleito, joga também no mesmo time, e mais do que ninguém, participa de todos os lances e dribles das agremiações políticas. E se você for atrás do compromisso dos que estão nos representando em Brasília, demais deputados e senadores, a decepção é a mesma, com raríssimas exceções. Interessante é que, nos estados e municípios, seguem os mesmos princípios e modelo adotado na federação, salvando-se um ou outro governador e prefeito. Nós, brasileiros, ficamos perplexos diante da bandalheira. Precisamos nos indignar e partir para uma luta no sentido de derrubar esses que envergonham o país. Retirá-los do poder como já fizemos na era Collor. Ir às ruas e convocar a população para tomar uma atitude mais drástica e separar o joio do trigo. Existem alguns políticos que têm consciência da sua missão no parlamento, no entanto, por medo ou covardia não se rebelam com as denúncias e agem apoiando os colegas malfeitores. Terminam se igualando aos demais. Os parlamentares julgados pela justiça continuam no parlamento, exercendo seus respectivos mandatos na maior cara de pau. É uma vergonha a falta de brio desses senhores. A corrupção anda solta, sem limites e a presidente não vê, não ouve, não fala. Ao contrário, participa dos conluios nos gabinetes com seus pares ou com o ex-presidente do seu partido. Como cidadã, me resguardo para não grafar o nome do tal ex, que enganou a maioria dos brasileiros. Nunca acreditei no papo furado, nas promessas, na verbosidade desse pernambucano, que se valeu da condição de sindicalista para enganar, vilipendiar a inteligência do seu povo. E nós, nação brasileira, viramos os palhaços que pagam as mordomias e os rombos dos mensalões da vida, dos desfalques nas empresas estatais e tantos outros absurdos que nem desconfiamos por serem feitos no calar da noite nos gabinetes, longe da mídia e dos jornalistas que ainda não se corromperam e continuam fiéis aos interesses do povo, denunciando as falcatruas que diariamente acontecem. Que o Senhor nos ilumine e tenha piedade de nós que caímos nessa jaula de leões, raposas e tigres selvagens.

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