segunda-feira, 1 de julho de 2013

Crise no Brasil

CRISE NO BRASIL Estamos vivenciando no Brasil um momento de crise. Há muito a população andava calma, aceitando os ditames do governo sem reagir. De uma hora para outra, as ruas foram tomadas pelo povo demonstrando a insatisfação com o executivo e o legislativo, especialmente. Não, que não haja controvérsias e discrepância também no judiciário, mas nesse instante, o que veio à tona foram, particularmente, os escândalos e as excrescências que ocorrem diariamente naqueles poderes. O país está acompanhando atento e esperando uma reação positiva do governo, no sentido de atender às reivindicações que foram expostas através de cartazes, faixas, gritos, canções ou de forma verbal para conter a raiva e o descontentamento. As principais capitais do país iniciaram o evento e, aos poucos, houve ressonância que se espalhou pelo Brasil a fora. Uma onda tomou conta dos recantos mais longínquos dessa Terra de Santa Cruz. A sociedade se viu obrigada a participar de um movimento legítimo com vistas a promover mudanças substantivas na política. A esperança é que o povo possa ajudar a redirecionar determinadas questões prioritárias, as quais são fundamentais para o equilíbrio dos ânimos acirrados. Já não se suporta mais o pagamento de impostos exorbitantes, o sucateamento dos serviços públicos, a falta de seriedade com as políticas públicas que incluem educação, segurança, saneamento básico, transporte, habitação, enfim, bens e serviços de qualidade retornando ao povo, a fim de justificar o ônus que o cidadão vem sofrendo diariamente, com o retorno da inflação e pagamento de impostos elevados nos produtos adquiridos. Sem falar da corrupção que anda solta por aí, como o mensalão e outras trapalhadas dos políticos, que não representam mais a maioria dos eleitores. Isso tudo sem falar nos juros, no aumento do dólar, na queda do PIB e da balança comercial, que fazem parte do conjunto que definem como anda a economia atualmente. Todos os aspectos levantados se conjugam num balizamento que dá a real situação que o país está atravessando. A Copa das Confederações serviu como pano de fundo para estampar nos jornais e TVs do mundo inteiro os últimos acontecimentos que ora estamos passando. Os estádios foram edificados no padrão FIFA, de maneira rápida e apresentando-se nos moldes dos já existentes no primeiro mundo. Os recursos não faltaram para as obras faraônicas, que ainda se questiona qual o retorno que elas trarão ao país pós a Copa das Confederações e, em seguida, Copa do Mundo. O povo protesta e não aceita os desperdícios, enquanto as escolas e hospitais de todo território nacional se encontram em péssimas condições e ficam em segundo plano; ou melhor, não há interesse de modificar a precariedade dos sistemas públicos. Tivemos movimentos em 1968, depois de algum tempo, o das Diretas Já, o impeachment do Collor, enfim lutas que saíram vitoriosas pela participação da população brasileira. Acredito que dessa vez não será diferente. Há de se chegar a um consenso governo e povo a fim de que o país possa avançar.

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