terça-feira, 13 de janeiro de 2009

"Tecnologia de Ponta"

Tecnologia de Ponta



É assim mesmo, que iniciamos esta crônica: “Tecnologia de Ponta” linguagem usual nos meios técnicos-científicos, ligados à informática e, também, à outras áreas do conhecimento. Pois bem, o termo surgiu numa conversa em família, só que, com outra conotação. Isso mesmo. A modernidade está aí com seus avanços seguidos no plano tecnológico, científico, técnicos, inovando a cada dia métodos e estratégias com fins de descobrir inventos para ajudar a humanidade. O caminho já está sendo feito...

O grande desafio é, na realidade, se construir uma nova maneira de conviver. Criar uma “tecnologia de ponta” que permita as pessoas aprenderem a se relacionar com mais dignidade. Inventar uma pedagogia de vanguarda que possa partir do amor, da fraternidade, do respeito, da ética. É essa a questão que se colocou à mesa e nos levou a refletir acerca de que formas e modos, pelos quais poderíamos inserir o novo nas relações interpessoais, nas comunicações, e nos diálogos entre indivíduos. Foi então que lembrei de Cecília Meirelles. “A vida só é possível reinventada”.

Qual seria a lógica para se criar mecanismos eficientes e eficazes e se chegar a tal desafio? O resgate de princípios e valores da sociedade antiga, ou, por estarmos nem pleno século XXI, a solução seria repensar outras idéias que viessem se ajustar ao “modus operanti” da sociedade atual?

Todos esses questionamentos remetem a uma revolução na educação, partindo do seio da família, da escola, das instituições, da vida social e cultural da sociedade em que vivemos e, da consciência de cada um de nós. Uma ousadia que foge dos parâmetros vigentes, porque o que se observa é, exatamente o contrário. A violência, parte da sala de visita dos lares e se reproduz lá fora, através de comportamentos e atitudes que fogem completamente a essa nova pedagogia a ser incorporada pelos humanos. Não queremos aqui levar em consideração credos, raças, nacionalidades, ou quaisquer outros elementos que possam favorecer, ou não, as conquistas de uma forma diferente de viver e conviver entre seres inteligentes. Sonhos, utopias, por que não?

A complexidade da criatura humana é fator inegável que pesa na convivência diária e nas relações interpessoais. Contudo, há de se entender que, reconhecer o outro na sua plenitude, sabendo que ele pode ser visto e respeitado na sua dignidade de SER, essência, espírito, alma, ou algo mais que o complemente na sua estrutura de homem é um avanço da inteligência. Aprender a ser tolerante com o outro, ouvir com paciência idéias e opiniões contrárias, percebendo a singularidade de cada um, não é nada fácil! Precisa, antes de mais nada, estar centrado nas mudanças necessárias a serem introduzidas, a fim de se vislumbrar um horizonte colorido, como um belo arco-íris.

Posturas mais firmes e uma percepção de que, nós mesmas, podemos transformar essa “tecnologia de ponta” e melhorar a humanidade a começar com atos e gestos humanitários precisa ser a nossa meta: Enxergar o outro como ser, gente, e, ao chegar até ele, usar a linguagem do amor, do afeto, do perdão, da compaixão; Praticar e semear a bondade, a justiça , a caridade com qualquer ser vivente, não esquecendo de ser solidário nos momentos difíceis; Compartilhar objetiva ou subjetivamente de bens, dons e talentos; Perseguir um crescimento no plano espiritual, tanto no âmbito individual, como no coletivo; Exercitar a fraternidade desde cedo junto às crianças, aos jovens, aos adultos e idosos; Introjetar uma filosofia de vida que passe pelo bem-estar de cada um e de todos, visando essa felicidade de viver e conviver em comum-união (comunhão) consigo mesma, e com o outro. Eis aí uma direção...

Na nossa compreensão seriam os passos iniciais para uma evolução, ou melhor dizendo, uma revolução da humanidade. A “tecnologia de ponta” para se reconstruir relações mais dignas entre seres humanos e uma convivência pacífica, tendo por base o mandamento do AMOR. Lao-Tsé, filósofo chinês, (séc. 5 a.C) afirmava que: “O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.” Essa é uma lição que devemos apreender. Reformular conceitos, para superar obstáculos na vida e atingir a utopia da paz, do diálogo amoroso e da felicidade no trato entre homens e seus semelhantes no cotidiano de suas relações.


Evan Bessa

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