sexta-feira, 15 de julho de 2011

COLIBRI

O colibri, de cima do galho, riu de mim.
Olhou-me com certa ironia.
Mal sabia ele, que enfim,
A felicidade agora me sorria.

Tentei assustá-lo do galho
Mas seu olhar me perseguia,
E meu ato intempestivo, falho
O fez encarar minha alegria.

O pássaro resolveu voar bem alto
E eu parti com ele pelos ares,
Alcancei a distância e incauta
Sobrevoei as águas claras dos mares.

A viagem não durou muito tempo,
Caí na tempestade de ilusões,
Confusa, fechei-me ao som do vento
E acabei ouvindo as mais belas canções.

Por que o colibri me deixou atônita,
Foi seu olhar que me seduziu?
Ou porque aquela canção ao vento saltita,
No meu peito que ele mesmo ungiu.

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