AS SANDICES DO MEC
A vida, a todo o momento, nos surpreende com algo inusitado. Dessa vez, me deixou verdadeiramente perplexa. Nunca imaginei poder presenciar tamanha insanidade partindo de um órgão público. Pois bem, o Ministério da Educação do Brasil – MEC – distribuiu com as escolas do país um livro cujas frases / orações aparecem assim: “nóis vai”, “nóis fica”; “peguei os peixe”. Inconcebível em se tratando do uso correto da gramática. As escolas são oficinas de formação do educando, principalmente, no que diz respeito a ensinar a ler, escrever e contar, mesmo assim, nem isso estão conseguindo realizar. Imaginem agora, submeter alunos, seja lá de que idade, a grafar incorretamente tamanhas barbaridades. Na linguagem coloquial entre “menos letrados” pode-se até aceitar esse palavreado numa conversa informal, oralmente, no entanto escrever é outra história.
Não posso conceber à luz da razão que assassinem a língua pátria dessa forma. A função do MEC deveria ser de salvaguardar os princípios fundamentais da arte de escrever corretamente.
O nosso país vive um momento delicado no tocante à educação. As estatísticas estão aí para comprovar a péssima colocação do Brasil entre países de pouca expressão, que conseguiram avançar mais do que o nosso. Todos sabem que não existe interesse por parte do poder público em preparar adequadamente gerações futuras com uma educação de qualidade. Povo informado, educado, cidadão consciente dos direitos pode atrapalhar o andamento das metas fixadas pelo governo, por políticos e autoridades, que só o enxergam como eleitores.
A denúncia dos desmandos, da falta de compromisso das autoridades com as políticas educacionais se constitui fatos palpáveis no dia-a-dia. É vergonhoso o desrespeito à educação no país. A preocupação com o futuro das gerações fica à mercê da sorte, do destino...
Não sou “expert” na gramática, pois, uma vez ou outra, escorrego no uso de suas regras, por falta de atenção ou, mesmo, por dúvida, mas não aprovo os argumentos “fajutos” do MEC na adoção de tais sandices. Só apelando para uma Divindade maior a fim de que o Ministério da Educação atente para suas verdadeiras competências e atribuições.
Evan Bessa – Pedagoga
evanbessa@terra.com.br
segunda-feira, 23 de maio de 2011
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