sábado, 8 de maio de 2010

ESTRELA RELUZENTE

Evan Bessa
(À minha mãe)

Na via-láctea surgiu um ponto luminoso
Banhando a terra com uma luz visível
Da estrela que subiu, de brilho harmonioso,
Filigranas de prata caíam em gota indivisível.

Ela subiu ao etéreo, num dia de sábado
E nos deixou órfãos, sem rumo, tristes.
Encerrou um ciclo pleno de felicidade
Seu vôo rasante se fez depressa na subida.

Que momento doloroso foi a partida!
Um corpo frágil dormia sereno, em paz.
E nós, seus filhos dilacerados pela dor,
Sofremos ao vê-la alçar o vôo definitivo.

Sua ausência tornou-se presença viva
Num instante volátil do pensamento,
A separação nos tornou mais próximos
Da mãe, do Anjo protetor, da Diva...

Saudade... Saudade... é o nome do barco
Que carrega o sentimento e a dor atroz,
Dos seus filhos, nesse mar de tormenta
A percorrerem milhas, em lamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário