segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O PROFESSOR NA CONTEMPORANEIDADE Evan Bessa Desde muito tempo tem se observado que, dentre tantos profissionais existentes, há um que sempre chama a atenção pelo simbolismo representado e o valor subjetivo que se impõe: O Mestre ou Professor. Nada pode se igualar a uma missão tão relevante para a sociedade, pois o conhecimento é o alicerce para se chegar ao desenvolvimento de uma nação. Segundo Arthur Lewis, “Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido.” Na realidade, as políticas públicas adotadas para a Educação pelos governos não assimilaram a assertiva do pensador. Em épocas passadas, a figura emblemática do professor traduzia-se em reverência, visto o valor que a sociedade lhe impunha. O respeito acima de tudo ao mestre que transmitia saberes, conhecimentos e uma formação de homem na sua melhor acepção. Havia um distanciamento entre o mestre e o discípulo, dada a deferência especial que era dispensada. Hoje, o professor não é visto como depositário do saber. E já não se percebe a grandeza do seu labor. Nietzsche dizia que: ”A primeira tarefa da educação é ensinar a ver.” Toda a experiência de aprendizagem inicia-se a partir da observação do que está ao nosso redor. O que nos causa espanto, curiosidade e nos provoca a pensar, a ter “fome do saber”. Quem ensina também aprende e é nessa troca de saberes e competências que se constrói o edifício educativo. O professor vive em constante metamorfose, pois os dias atuais exigem que ele esteja em permanente reciclagem dos conhecimentos. A cada instante, em algum lugar do planeta, teorias, métodos de ensino, estratégias são reformuladas ou modificadas levantando-se novas hipóteses para a educação. Além disso, a internet, os livros, jornais, a mídia eletrônica estão aí a toda hora transmitindo informações e modificando cenários até então conhecidos. Não só o professor, mas qualquer profissional que queira assumir suas competências de forma a não se tornar obsoleto tem que buscar se renovar no campo específico de sua atividade. Não se nega a importância que tem o professor na contemporaneidade. Ele será sempre insubstituível, uma vez que para se ensinar e aprender há de se estabelecer laços de afeto, no sentido de uma aproximação segura e de confiança entre o aprendiz e o mestre. Paulo Freire afirmava que: “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.” Esta é uma profissão que gratifica qualquer ser humano vocacionado para desempenhar com afetividade e efetividade o seu trabalho. Infelizmente, não se tem o retorno desejado em termos salariais e de valorização que deveria ser contemplado. A missão de fazer o aluno abrir os olhos para o mundo, enxergar a sua volta, aprender a pensar e ter “fome de saber” é incomensurável.