segunda-feira, 25 de julho de 2011

NAVE VELOZ

Nave que cruza o espaço
E seu brilho ofusca no ar,
Pega a lua com um só laço
E me traz para louvar.

Nave que cruza o espaço
Ágil e leve sobe depressa,
Vai buscar o sol num abraço
Pois nunca mais vou ter pressa.

Nave que cruza o espaço
Com a velocidade da luz,
Me pega então pelo braço
E às estrelas me conduz.

Nave que cruza o espaço
Ave! Canta a mesma canção,
E grita como cordas de aço
Para meu sofrido coração.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

COLIBRI

O colibri, de cima do galho, riu de mim.
Olhou-me com certa ironia.
Mal sabia ele, que enfim,
A felicidade agora me sorria.

Tentei assustá-lo do galho
Mas seu olhar me perseguia,
E meu ato intempestivo, falho
O fez encarar minha alegria.

O pássaro resolveu voar bem alto
E eu parti com ele pelos ares,
Alcancei a distância e incauta
Sobrevoei as águas claras dos mares.

A viagem não durou muito tempo,
Caí na tempestade de ilusões,
Confusa, fechei-me ao som do vento
E acabei ouvindo as mais belas canções.

Por que o colibri me deixou atônita,
Foi seu olhar que me seduziu?
Ou porque aquela canção ao vento saltita,
No meu peito que ele mesmo ungiu.