terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A Boneca de Pano

A boneca de pano, não anda.
Não mexe a cabeça sozinha
Lilia toca na bonequinha e mexe.
A boneca vai, vem e anda.


Lilia comanda os trejeitos
Faz dela robozinho na mão
A boneca dança, samba, gira.
E vai ficando do seu jeito.


A pobre boneca não diz nada
Faz tudo que a dona quer
Não fala, não grita, não ouve.
Mas a danada é enganada...


Lília comprou-a na feira
Na cidade de Cascavel.
Uma boneca brejeira
Dentro de uma peneira.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Marola, Marolinha...

Marola, Marolinha...



A crise econômica que se instalou na maior potencia mundial, EEUU, vem causando seus desdobramentos na Europa, Ásia, Africa e América Latina.

A princípio, o Brasil não seria atingido, pois quando muito, iria sofrer com uma “marolinha”...

Santo Deus! Quanta ingenuidade! Diante de uma economia globalizada?!!!

Não precisa ser expert em economia, empresário, físico, gestor público, para se perceber que o mundo inteiro seria abatido por uma crise de proporções inimagináveis.

No Brasil os noticiários não escamoteiam os acontecimentos, porque a crise está aí.
A mídia, diariamente, alardeia os efeitos da tal “marola”: Bolsas despencando, Bancos se reestruturando para tentar escapar da crise, Empresas efetuando cortes de funcionários ou dando férias coletivas para aliviar prejuízos incalculáveis e muitas outras estratégias estão sendo implementadas. Nada, nada, estanca o vexame.

O governo despeja dinheiro nas empresas, baixa impostos, corta orçamento para que a “marolinha” não atrapalhe a taxa de crescimento para o ano de 2009, e não haja desemprego em massa, além de não respingar nas eleições de 2010. Mesmo assim, continua a incentivar os brasileiros a continuarem comprando.

Sabe-se que não é possível acabar com os efeitos da crise num passe de mágica. Diz o dito popular: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Pobre de nós brasileiros, temos que assistir todas essas manobras e ficar imaginando as saídas para enfrentar essas dificuldades.

Que Deus nos ilumine nessa busca para escapar do pior!!!


Evan Bessa

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Céu chorou por um Homem

O Céu chorou por um Homem



O céu de janeiro que aparecia sempre azul pela manhã, hoje, logo cedo, estava plúmbeo. Nuvens pesadas e escuras tomavam o espaço celeste, prenunciando chuva abundante. Olhei por um tempo para o alto e fiquei cismada. O tempo havia mudado rápido, de um dia para outro. Depois de algumas horas o céu chorou, pingos grossos de lágrimas pela partida de um homem que representava muito para os fortalezenses – o ex-prefeito Juraci Magalhães. O soluço do vento acompanhava as gotas que desciam incessantes e, ao mesmo tempo, os trovões avisavam à população da viagem, daquele homem para um plano superior.

Um cidadão simples, de origem sertaneja, “cabra macho,” valente nos seus propósitos, cheio de energia para o trabalho, médico e político, por vocação. Em poucos anos, como gestor público mudou o perfil da 4ª capital do país. Por três vezes o povo o elegeu, e ele, mesmo com os inúmeros jogos políticos, os quais necessitava estar sempre atento, soube driblar muito bem adversários e se fortalecer realizando um governo produtivo. Suas obras nas áreas de educação, infra-estrutura, saneamento, habitação, dentre outras, eram desenvolvidas com tremendo cuidado. A condução de gestões eficientes surgiam com os resultados a dar na vista – “era só abrir a janela” dizia o slogan, insinuando as mudanças efetivadas em todos os bairros.

Juraci Magalhães era uma pessoa voltada para o bem estar de sua terra. Apesar de não ter nascido em Fortaleza amava esta cidade e seu povo. Ia constantemente à periferia, chegava de surpresa nas escolas, nos postos de saúde, nas ruas e conversava e ouvia todos. Mesmo com boa formação científica, instrução, falava a linguagem do povo, não por demagogia, mas por identificação com um vocabulário simples, sem sofisticação que se comunicava perfeitamente com o interlocutor ou mesmo o eleitor.

Fortaleza vai guardar na memória afetiva a figura desse sertanejo de Senador Pompeu, do médico cearense e do prefeito realizador e obstinado.


Evan Bessa

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

"Infância"

Infância


Ainda menina, me lembro,
Das árvores do meu quintal,
Dos passarinhos gorjeando
Uma melodia imortal.


Ainda menina, me lembro,
Das frutas maduras do pomar,
Do figo, do tamarindo
Sua polpa e seu paladar.


Ainda menina, me lembro,
Da água límpida e cristalina,
Do rio da minha aldeia
Lavando meu corpo franzino.


Ainda menina, me lembro
Dos sonhos, ilusões pueris,
Marcados no relógio do tempo
Nas lembranças infantis.



"O Barco"

O Barco


O barco embarca no cais
Leva o barco dos enganos,
E no porto o desembarga
Na barca do desencanto.


O oceano engole a barca
No embarque de suas ondas,
A maré devolve a barca
Com sonhos e esperanças.


Que águas mais transparentes
Desembarcou essa barca
Que até a deusa dos mares
Fez festa no desembarque.


Os sonhos navegam no barco
Da barca da esperança
Deixa então que minha vida
Embarque nessa bonança.


"Tecnologia de Ponta"

Tecnologia de Ponta



É assim mesmo, que iniciamos esta crônica: “Tecnologia de Ponta” linguagem usual nos meios técnicos-científicos, ligados à informática e, também, à outras áreas do conhecimento. Pois bem, o termo surgiu numa conversa em família, só que, com outra conotação. Isso mesmo. A modernidade está aí com seus avanços seguidos no plano tecnológico, científico, técnicos, inovando a cada dia métodos e estratégias com fins de descobrir inventos para ajudar a humanidade. O caminho já está sendo feito...

O grande desafio é, na realidade, se construir uma nova maneira de conviver. Criar uma “tecnologia de ponta” que permita as pessoas aprenderem a se relacionar com mais dignidade. Inventar uma pedagogia de vanguarda que possa partir do amor, da fraternidade, do respeito, da ética. É essa a questão que se colocou à mesa e nos levou a refletir acerca de que formas e modos, pelos quais poderíamos inserir o novo nas relações interpessoais, nas comunicações, e nos diálogos entre indivíduos. Foi então que lembrei de Cecília Meirelles. “A vida só é possível reinventada”.

Qual seria a lógica para se criar mecanismos eficientes e eficazes e se chegar a tal desafio? O resgate de princípios e valores da sociedade antiga, ou, por estarmos nem pleno século XXI, a solução seria repensar outras idéias que viessem se ajustar ao “modus operanti” da sociedade atual?

Todos esses questionamentos remetem a uma revolução na educação, partindo do seio da família, da escola, das instituições, da vida social e cultural da sociedade em que vivemos e, da consciência de cada um de nós. Uma ousadia que foge dos parâmetros vigentes, porque o que se observa é, exatamente o contrário. A violência, parte da sala de visita dos lares e se reproduz lá fora, através de comportamentos e atitudes que fogem completamente a essa nova pedagogia a ser incorporada pelos humanos. Não queremos aqui levar em consideração credos, raças, nacionalidades, ou quaisquer outros elementos que possam favorecer, ou não, as conquistas de uma forma diferente de viver e conviver entre seres inteligentes. Sonhos, utopias, por que não?

A complexidade da criatura humana é fator inegável que pesa na convivência diária e nas relações interpessoais. Contudo, há de se entender que, reconhecer o outro na sua plenitude, sabendo que ele pode ser visto e respeitado na sua dignidade de SER, essência, espírito, alma, ou algo mais que o complemente na sua estrutura de homem é um avanço da inteligência. Aprender a ser tolerante com o outro, ouvir com paciência idéias e opiniões contrárias, percebendo a singularidade de cada um, não é nada fácil! Precisa, antes de mais nada, estar centrado nas mudanças necessárias a serem introduzidas, a fim de se vislumbrar um horizonte colorido, como um belo arco-íris.

Posturas mais firmes e uma percepção de que, nós mesmas, podemos transformar essa “tecnologia de ponta” e melhorar a humanidade a começar com atos e gestos humanitários precisa ser a nossa meta: Enxergar o outro como ser, gente, e, ao chegar até ele, usar a linguagem do amor, do afeto, do perdão, da compaixão; Praticar e semear a bondade, a justiça , a caridade com qualquer ser vivente, não esquecendo de ser solidário nos momentos difíceis; Compartilhar objetiva ou subjetivamente de bens, dons e talentos; Perseguir um crescimento no plano espiritual, tanto no âmbito individual, como no coletivo; Exercitar a fraternidade desde cedo junto às crianças, aos jovens, aos adultos e idosos; Introjetar uma filosofia de vida que passe pelo bem-estar de cada um e de todos, visando essa felicidade de viver e conviver em comum-união (comunhão) consigo mesma, e com o outro. Eis aí uma direção...

Na nossa compreensão seriam os passos iniciais para uma evolução, ou melhor dizendo, uma revolução da humanidade. A “tecnologia de ponta” para se reconstruir relações mais dignas entre seres humanos e uma convivência pacífica, tendo por base o mandamento do AMOR. Lao-Tsé, filósofo chinês, (séc. 5 a.C) afirmava que: “O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.” Essa é uma lição que devemos apreender. Reformular conceitos, para superar obstáculos na vida e atingir a utopia da paz, do diálogo amoroso e da felicidade no trato entre homens e seus semelhantes no cotidiano de suas relações.


Evan Bessa

"Sonhos"

Sonhos


Hoje, li nos jornais notícias devastadoras.
De violência, seqüestro, fome e morte,
O homem refém de sua própria sorte
Sem rumo, sem prumo, sem norte.


A luta pela sobrevivência constante,
Empurra-o a tomar atitudes impensadas,
Como sina busca simulações inventadas
E se deixa ficar de pés e mãos acorrentadas.


A terra gira em torno de sua órbita,
A cada dia, e as horas passam velozmente,
Em ritmo acelerado, e o homem impunemente,
Passa pela vida insano e rudemente.


Será que não há jeito para outros sonhos
De viver essa realidade, tão atroz,
Pensar, ou até voar como um albatroz,
Que singra oceanos e não se faz algoz?


"A Vitória do Vôlei Brasileiro"

A Vitória do Vôlei Brasileiro



O esporte vem a cada dia ganhando espaço nas diversas classes sociais. A prática esportiva faz parte do cotidiano do indivíduo como imprescindível para se manter a saúde física e mental de cada um.
A própria mídia reforça, diariamente, em programas, noticiários, jornais e revistas de saúde. Tornou-se uma espécie de modismo. Na realidade uma necessidade do novo século.

O Brasil sempre se destacou no futebol na imprensa mundial. Nossos melhores craques jogam na Europa, Ásia, África ou qualquer outro lugar do planeta. Ultimamente, tem se destacado em outros esportes, tais como: ginástica olímpica, natação, e também no vôlei. Isso sem falar no ídolo de todos os brasileiros, Ayrton Senna que brilhou no automobilismo.

Hoje, os brasileiros puderam acompanhar a equipe de voleibol trazer mais um título para o país. Uma moçada plena de energia, garra, raça e sentido de equipe bem acurado, os levaram a mais uma vitória espetacular de competência e concentração no objetivo maior que era vencer, vencer.

No outro lado do mundo, na terra dos Kamicazes, a vibração na quadra era geral. Japoneses, brasileiros, gritavam e a euforia ia aumentando a cada set que a equipe lutava e chegava lá.
Polônia e Brasil dois times valorosos, com jogadores bem treinados, focados no jogo com toda força, mas que naquele momento estavam competindo pra valer. Cada ponto, cada erro de saque parecia pesar para ambos os lados. Chegavam a se igualar no placar, no entanto, poucos segundos depois, o desempate surgia rapidamente. Foi um jogo de muitas emoções e com jogadas incríveis, espetaculares.

A vitória brasileira com um bicampeonato dos mais esperados e desejados pelo grupo de vôlei em quadra, bem como pelos seus compatriotas. Dias e dias de expectativas, sofrimento diante do enfrentamento com outras grandes equipes mundiais deixava uma certa tensão mas, nunca, a impossibilidade de levar o troféu para casa. O pensamento positivo, conjugado ao esforço individual e coletivo ao mesmo tempo, a disciplina, o entusiasmo conduziam a equipe a alcançar a meta dos técnicos, auxiliares e jogadores.

Para coroar toda essa vitória os jogadores Dante e Giba foram condecorados como os melhores atacante e jogador do torneio, respectivamente. Uma glória, não acham! Duplo reconhecimento.

Um povo que vive com tantas dificuldades, no dia-a-dia, teve pelo menos a grande alegria nesse final de ano com esse feito surpreendente. Obrigada moçada! Podemos sonhar por um país melhor...



Evan Bessa

"Saudade da Casa da Vovó"

Saudade da Casa da Vovó



Lá na casa da vovó tem um belo pássaro azul
Que me olha com carinho e canta pras banda do sul.

Lá na casa da vovó tem um burrinho trotando
Vai e vem sempre alegre e me deixa conversando.

Lá casa da vovó tem uns rios cristalinos, lindos!
Que a gente toma banho e se diverte sorrindo.

Lá na casa da vovó tem um pomar grandioso
Com árvores bem gigantes e frutos deliciosos.

Ah! Ah! Que saudade da casa da vovó!
Tão cheia de surpresas com seus doces de jiló.




Evan Bessa

"O Encanto da Música"

O ENCANTO DA MÚSICA



Existem coisas na vida que o tempo não consegue destruir, mesmo admitindo que no Universo se obedece ao ciclo da natureza: nascer, crescer e morrer, pois foi assim que se estabeleceu desde o início da criação. A vida do homem na terra se rege por leis físicas, biológicas, químicas, atreladas ao próprio desenvolvimento do indivíduo no seu cotidiano. Um dia, tudo se deteriora, ou pode se metamorfosear, transformando-se em algo diferente da sua gênese.

No entanto, se pensarmos um pouco, chegamos a identificar que o mesmo homem é capaz de construir coisas que podem ficar registradas para sempre, na história da humanidade.

Nesse sentido, quero me referir à boa música que perpassa séculos e atravessa milênios. Compositores geniais como Bach, Wagner, Chopin, Beethoven, Mozart, e tantos outros grandes músicos passaram pela terra, cumpriram o seu ciclo de vida e deixaram peças que, ainda hoje, são consideradas obras primas, porque extrapolaram a barreira do tempo. O significado dessas obras para as gerações que se sucederam foram de inestimável importância, tanto no que concerne à plasticidade da composição, da harmonia, dos movimentos, bem como agregado a isso, o seu valor estético. Essas obras contribuíram para abrir novos horizontes e serviram de base para estudos mais aprofundados sobre a música clássica e erudita.

Quantos talentos emergiram a partir do conhecimento das sonatas, dos minuetos e de outras peças trabalhadas por aqueles gênios da música que marcaram profundamente a sensibilidade de novos artistas que, com o seu potencial nato e muito esforço, conseguiram recriar outras tantas composições!

Aqui no Brasil, poderíamos destacar Carlos Gomes, Vila Lobos, Pixinguinha, Tom Jobim e outros artistas que, no campo da música erudita ou no da música popular, mostraram condições plausíveis para o ofício.

Nada mais pode encantar alguém do que ouvir uma melodia que entra pelos ouvidos, chega ao cérebro e faz o coração ficar embevecido. Os sons na mais perfeita harmonia nos transportam a lugares, situações ou fatos pelos quais já passamos ou idealizamos nos nossos sonhos, na nossa utopia solitária de cada ser humano. Além de nos proporcionar um relaxamento salutar, a música acalma, faz bem à alma e ao espírito.

No programa semanal na TV Senado sobre música clássica, seu produtor e apresentador, jornalista Artur da Távola, sempre ressalta: ”Quem gosta de música não é solitário porque tem vida interior.” Na verdade, concordo plenamente com a assertiva. A boa música nos enche de um prazer colossal, penetra nos poros e se impregna no âmago do ser, nos preenchendo de tal forma, até atingirmos a plenitude e a paz interior. Chega a nos levar a um estágio de verdadeira sublimação.

Não sou adepta apenas da música erudita, mas também da música popular feita com esmero, apresentando letras e melodias que traduzam beleza e nos elevem, na medida em que, a partitura envolva processos melódicos, harmônicos, sonoros, rítmicos que se conjuguem dentro da composição e mexam com os sentimentos, com as emoções, com o corpo, o qual poderá atingir em determinados momentos uma quase levitação, tal é a magia que exerce no ouvinte.


A música é essencial na vida do ser humano no tocante ao equilíbrio da mente-corpo-emoção-sentimentos. A relevância é tamanha que, em muitos casos, chega a curar males psíquicos, stress e transtornos emocionais. A medicina faz uso desses mecanismos para ajudar nos tratamentos de várias patologias que, além de utilizar remédios, tem na música uma aliada para minimizar dores, angústias, cansaço físico ou mental e passar a ser coadjuvante, por alguns momentos, do próprio médico e do paciente que sofre.

Certamente quem acompanhou nos últimos dias pela a mídia a chegada ao Brasil de bandas internacionais: Rolling Stones, U2, pôde aquilatar o peso com que as músicas desses artistas influenciam os jovens de hoje e, há décadas, se mantêm num patamar sempre elevado na preferência de adultos e de senhores e senhoras que gozam da terceira idade. Músicas antológicas que marcaram época e com a sua força melódica conseguiram ultrapassar o tempo. E, assim, passa a ser música universal, na acepção da palavra.

Podíamos citar compositores nacionais como: Chico Buarque, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Milton Nascimento, Cazuza, apenas para destacar alguns, que fizeram canções de valor estético e belezas memoráveis e permanecem no cenário musical há bastante tempo, fazendo-se ainda presentes no bom gosto das gerações que se sucedem.

Artistas que mostraram a sua genialidade em letras e melodias bem trabalhadas, com mensagens que tocam a sensibilidade do ouvinte e os transportam, fazendo questionar ou admirar a vida, o ser humano, ou mesmo, nas sutis ironias, levar a uma reflexão sobre o mundo com todas as suas contradições.

Em cada canção, pode se encontrar nas entrelinhas a preocupação com o social, o amor, a solidariedade, a justiça, a desigualdade, enfim, tudo que atinge o tecido social, as massas, o ser humano, como indivíduo, único, mas também como coletivo, parte de uma sociedade no plano universal.

De todas as diferenças existentes entre povos nos âmbitos culturais, raciais, ideológicos ou sociais, um dos elementos que pode ainda unir idéias, pensamentos, sentimentos, com certeza, é a música de qualidade, ou seja, a boa música que nada impede de penetrar nos ouvidos e permitir chegar-se a um estado de encantamento ou êxtase, reunindo os diferentes para apreciar o belo.



Evan Bessa

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"O Fantasma da Estrada"

O Fantasma da Estrada
(2º Lugar no III Concurso Literário Professora Edith Braga)



A tarde estava quente. Debaixo de um sol causticante, ela se preparava para chegar à casa dele. Até lá, devia percorrer uns 130 quilômetros numa pista esburacada e com péssima sinalização. Na tentativa de aliviar o desconforto, ligou o rádio e, para sua surpresa, tocava uma música antiga. Procurou mudar de estação em busca de um som “mais maneiro” como dizem os jovens. Realmente, chegava agora aos seus ouvidos uma balada que lhe trazia inúmeras recordações. Conseguiu imprimir uma velocidade mais alta embalada pela melodia que falava de um amor perdido no tempo. Sua cabeça parecia mais leve, o ar-condicionado do carro atingia uma temperatura agradável, e a viagem passava a ter sentido mais nítido. O raciocínio, agora claro, ajudava a formatar os pensamentos que afloravam em sua mente.

De repente, uma aragem cobre todo o carro e à sua frente surge um vulto de uma mulher desconhecida. Tivera que brecar o automóvel para não acontecer o pior. Já escurecia. A imagem da mulher se aproximava cada vez mais da condução. Uma sensação de calor volta a incomodar. Pára, abre a porta para saber a razão de tamanha sandice. Ao se aproximar, percebe que ali estava uma ave de plumas de grande porte e bico saliente. Os olhos do animal encaravam-na com fúria e terror. Nesse momento, um calafrio tomou conta do seu corpo e com um grito ensurdecedor fez a ave desaparecer de sua frente. O que significa isso? Com as pernas bambas, o vento em assobio e a pista com pouca luz, porque os faróis do carro estavam acesos, procura abrigo. Tateando, retorna ao veículo, quase desfalecida, tenta pôr em movimento, colocar a chave na ignição. Não consegue realizar o intento. Começa a se apavorar. O medo a domina completamente...

A essa altura, já não consegue pensar em nada. Sente-se bloqueada, sem atitude, perdida...

O vento forte provoca um enorme barulho. A estrada estava vazia, escura. Nenhum sinal de carro se aproximando. Confusa, cansada, resolve aguardar socorro. Alguém teria que atravessar aquela estrada, pensa. O tempo vai passando, a espera a faz adormecer profundamente.

Depois de algumas horas, um caminhão de carga surge na estrada. O motorista, ao perceber que existe algo no meio da pista, desce para ver de perto aquilo tudo.

Todos estavam horrorizados com o estado do carro e da mulher no seu interior. O veículo atravessado no asfalto, manchas de sangue desenhadas com figuras irreconhecíveis na lataria e uma mulher desfalecida no banco traseiro. Com o barulho de falas, ao seu redor, acorda meio apavorada. Tenta, por alguns instantes se recompor e, com muito esforço, relata o que tinha acontecido naquela noite.

Rondava por ali um mistério! Quem poderia explicar?

O reboque demorou a chegar, para levar o carro. A mulher foi colocada no caminhão e encaminhada ao hospital. O motorista se encarregou de ir à polícia providenciar o boletim de ocorrência.

Ele, do outro lado da cidade, esperou por toda a noite, com o coração apertado e em sobressaltos. Desenganado, tinha certeza de que havia perdido o seu grande amor.

E o mistério da noite fica para ser desvendado...

Opiniões de Escritores

"Evan Bessa trabalha a magia do deslumbramento. Seus contos direcionados aos pequenos leitores são de grande teor pedagógico pela exaltação aos elementos formadores da cidadania. Seus personagens: "Zeca, o Grilo Vaidoso", "Cida, a Estrela Sonhadora", dentre outros, constituem emissários das regras do "bom viver". "O Incêndio na Floresta", "O Zoológico em Festa", "As Aventuras na Casa da Vovó Liquinha" e a menina "Siloé", todos estes títulos despertam o interesse da criançada, evidenciam assuntos do dia-a-dia, a citar: a preservação da natureza, a conservação do patrimônio público, o respeito às diferenças, a solidariedade, a fraternidade, o amor ao próximo."

"A Vida nas Asas do Tempo" / É a canção de amor e de saudade / Definida na excelsitude de uma artífice / Vislumbrante na sensibilidade de um anjo / Que se fez Mulher!"


Francinete Azevedo Ferreira
Escritora da Ala Feminina da Casa Juvenal Galeno, Membro da Associação da UJEB, UBT e ALMECE.

"Em síntese, Evan Bessa, a exemplo de todo criador, procura trabalhar sua palavra como forma de libertação, como alimento necessário, como maneira de superar as dores e angústias existenciais, como uma procura incessante de paz e harmonia."

Giselda Medeiros - Pertencente à Academia Cearense de Letras

"Nos seus poemas ela extravasa toda a sua sensibilidade, questiona o finito e infinito, a vida e a morte, a dor e a alegria, penetrando no coração dos seres e das coisas."

Leda Costa Lima - Poetisa e Trovadora da Academia Fortalezense de Letras e da UBT

"Li e reli "A Vida nas Asas do Tempo" e só agora posso lhe dar aquele abraço de agradecimento pelo grande lançamento literário. Que bela lição de SENSIBILIDADE, sua linguagem elegante, sua riqueza e precisão vocabular me emocionaram bastante. Poesias como: Preciso de Você, Sonhos, Realidade, Amor Partilhado, Esperança e Ousadia, Infância, Realidade, englobando flagrantes do cotidiano, conflitos de situações, desencontros de mundos, lembranças de infância... mexeram muito comigo. Seu LIRISMO é perturbador. No momento ele está sendo o meu livro de cabeceira. Parabéns!"

Lúcia Negreiros - Amiga

Eventos


Natal da Academia Feminina de Letras do Ceará

Discurso de Posse na Academia Feminina de Letras

Lançamento do Livro de Poesia na Terça-Feira Prosa e Verso


Noite de Autógrafos


Lançamento do Livro "Siloé", no Shopping Center Um


Peça teatral: "O Incêndio na Floresta", Parque Adahil Barreto, alunos das Escolas Municipais

Prefeito falando sobre a apresentação da peça

Oficina de Literatura Infantil para Professores

Capacitação para Professores da Rede Pública

Prêmios, Diplomas e Medalhas

Agraciada com o Sêlo Amigo do CEJAI (Comissão Judiciária de Adoção Internacional do Ceará)/2006, na Bienal Internacional do Livro - Contadora de histórias.

Premiada no III Concurso Literário Professora Edith Braga - 2º Lugar: conto "O Fantasma da Estrada".

Resumos dos Livros Publicados

Sarita leva um susto com uma lesma e fica a imaginar tantas e tantas coisas...




A bruxa poderosa usava seus poderes para mexer com as crianças, causando-lhes medo e pavor.




1ª Edição


2ª Edição


Um incêndio desastroso mobiliza escola e comunidade em defesa da natureza.




1ª Edição


2ª Edição


O grilo Zeca era um verdadeiro atleta, e cuidava da sua saúde e curtia a vida...




Os animais do zoológico estão ansiosos porque terão novos amiguinhos. Vejam que festa aprontaram...




Cida, a estrelinha que vivia sonhando em mudar o "habitat". Será que ela vai conseguir?




Zezinho em férias na casa da Avó passa por aventuras inesquecíveis e grandes desafios.




1ª Edição


2ª Edição


Siloé é uma menina do nosso tempo: ousada, inteligente, curiosa, perspicaz, com uma dose de humor bem acentuada. As crianças vão se identificar de alguma maneira com suas atitudes.



"A Vida nas Asas do Tempo" aborda temas variados sob a forma de poemas construídos em versos livres, sem a preocupação do esmero formal da métrica.

Obs: Editora IMEPH e Gráfica Expressão Editora Ltda.

Livros Publicados

Literatura Infantil:

- Sarita e a Lesma - 1ª Edição
- A Bruxa Poderosa - 1ª Edição
- O Incêndio na Floresta - 1ª Edição e 2ª Edição
- Zeca, o Grilo Vaidoso - 1ª Edição e 2ª Edição
- O Zoológico em Festa - 1ª Edição
- Cida, a Estrela Sonhadora - 1ª Edição
- As Aventuras da Casa da Vovó Liquinha - 1ª Edição
- Siloé - 1ª Edição e 2ª Edição



Poesia:

- A Vida nas Asas do Tempo - 1ª Edição


Editora IMEPH e Expressão Gráfica Editora Ltda.

Conheça mais sobre Evan...




Sou professora, funcionária pública aposentada, nascida no sertão de Canindé, mas adoro as praias e as serras do meu Estado. Admiro o verde das matas, as águas do rios, as cachoeiras e o canto dos pássaros. Enfim, amo a Natureza.

Produzo textos que trabalham o lúdico, a fantasia e a imaginação das crianças. Utilizo temas como cidadania, meio ambiente, ética, dentre outros, com uma linguagem simples e acessível para o público alvo, podendo o professor aproveitá-los em suas aulas para desenvolver projetos educativos ou, mesmo, articular as histórias com os temas tranversais do currículo.


Tenho um livro de Poesia publicado. Escrevo também crônicas e contos, além de textos publicados em jornais, Antologias e informativos.


Pertenço à Academia Feminina de Letras do Ceará - AFELCE; à Associação dos Jornalistas e Escritores do Brasil - AJEB/CE; à Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno e à Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil - AEI - LIJ.